O arquiteto Felipe Marchese apareceu por aqui belo dia com duas paixões minhas, peroba e trabalhos para torno.
Trouxe um protótipo criado por ele e desenvolvido na FAAP: o banco pino.
Com o desejo de todo designer, criar um banquinho original,desta vez cheio de graça.
Ao puxar o tampo para cima, o banco serve de mesinha de apoio.
Sem pregos, parafusos ou roscas…. só peroba rosa e suor!
Vamos ao trabalho…garimpar a peroba de telhados, selecionar as texturas, remover pregos, escovar e cortar na serra de fita.
Depois desempenar para garantir duas faces planas e com 90º entre si.
Para definir a espessura e deixar a outra face paralela, passei no desengrosso…
Como a coluna tem um furo de 40mm por 320mm e não existem fresas para tanto, encomendei uma em Curitiba, uma delícia de ferramenta.
Com duas faces já tupiadas com 40mm por 320mm, bastou uni-las para ter uma coluna oca.
várias colunas…
A base do assento foi feita no torno como o próprio assento, a coluna e claro, os pinos..
Como os pés possuem vários angulos diferentes e a área de colagem na coluna é curva, foi preciso desenvolver um jig especial para o lixamento e uma ginástica e tanto para colar e alinhar tudo.
O acabamento foi feito com Stain Sayerlack Clear, aplicação de cera e polimento leve.
Este trabalho me obrigou a importar uma placa moderníssima para meu velho torno Imor de 1937!
Ficou um frankenstein maravilhoso!
Foi um desafio muito, muito trabalhoso, um prazer poder realizar esta peça, cheia de curvas e ângulos, fui obrigado a aprender um monte!
Como diz o Felipe, “tamo junto!”
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